Domingo
último não me preocupei em acordar cedo, mas ainda o
fiz por força do hábito. E, também, por força
do hábito, voltei pra cama. Quando despertei de fato, sem
demeora, preparei as crianças para sair. O Pedro Henrique não
é muito dado à passeios, logo ficou em casa com a mãe,
e levei os gêmeos e uma bola. Ao chegar ao Duque, às
pelas 11h, a fila estava imensa, decidi, então deixar o carro
na rua, tão logo escuto uma voz: -está bem guardado
aí, hein? Fiz com a cabeça que sim. Encontrava-se
de tudo naquele domingo ensolarado: pessoas a correr, crianças
a brincar, pais de olho nos filhos, meninos a jogar, senhoras a
passear, até quem queria dançar podia.
Fomos direto
ao balanço, em que o vai-e-vem do brinquedo parecia deixar
meus filhos em estado relaxante tal qual um monge budista a meditar.
Após um bom tempo, fomos para o escorregador, e eles
perceberam que, se jogassem a bola lá do alto, a mesma podia
correr sozinha até que os atritos encontrados pela trajetória
a fizessem parar. E lá iam Lorenzo e Lara atrás da bola
que rolara escorregador abaixo. O brinquedo era de cimento, parecia
uma canaleta bem grossa – o que permitia as crianças subirem
sem apoio das mãos – diversão na certa.
Rumo à
lagoa, visitamos os peixinhos, as tartarugas, as carpas e as garças,
em que o melhor passatempo era jogar restos de comida, pão ou
qualquer plânctom a fm de fazer com que os animais marinhos se
alimentassem numa água bem suja. De repente a bola cai no lago
–Quem jogou? ninguém falou nada. -Foi você,
Lara? ela não respondeu. -Foi você, Lorenzo?
sem sucesso na repsota. -Como vamos pegar a bola agora? em vão
todas as perguntas: crianças!
Apenas
fiquei a obsevar o movimento da bola, que era forçada por
ventos amenos, quando estacionou numa ilhazinha. Encontrei um pau e
empurrei a água em direção da bola. Não
deu certo. Um peixe encostou na mesma, achando que, talvez, poderia
ser um lauto banquete – e fez com que o objeto fosse parar no meio
do lago – agora o desafio era fazê-la chegara na margem
oposta. -Olha, uma bola, falava uma criança –Ali,
filho alguém deixou cair uma bola na laga. Falava
um pai.
Cheguei
a pensar quel se as pessoa me vissem a tirar uma bola da água,
talvez seria roubo, mas logo peceberam que a coisa pertencia aos
meus filhos, principalmente quando joguei uma pedra grande e explodiu
na água e espantou os peixes e fez ondas que ajudaram o objeto
a encostar próximo à margem. E joguei mais uma, e
outra, e outra – parecia um show de atiração de
pedras às águas promovido por mim mesmo - era a atração
do momento. Quando a bola ficou presa na margem, joguei água
pra cima dela com ajuda de um pau – o que fez com que, finalmente,
eu recuperasse aquele desejado brinquedo.
Antes
de sairmos, lavamos a bola e paramos num rstaurante de comidas
rápidas, comprei um sorvete e um refrigerante e, ao lado de
meu carro estava o sujeito a esperar um trocado. -Bom domingo,
sehor, ao que dei dois reais. Agora, em casa era só tomar
um banho e sair para uma festa – dessa vez os gêmeos iriam
com o Pedro e a mamãe. Eu descansaria.
“Os
sonhos não desaparecerão se as pessoas não os
abandonarem”. - autor desconhecido.
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