29 de jun. de 2012


A história de um menino que aprendeu a viver o presente.
Era uma vez um menino chamado Pedro. Na escola ele não se interessava pelos os estudos, era ansioso e sempre pensava no que queria ser quando crescesse. Ele era hiperativo e, dificilmente conseguia se concentrar no que fazia no momento, de modo que sempre no inverno, sonhava com o sol brilhando, e no verão ansiava por passeios de esquis e trenós nas neves. Na escola desejava que as aulas acabassem logo, e não via a hora de chegar os finais de semana. Numa tarde, enquanto pensava no futuro, perdeu-se floresta, sentou-se num banco e quando estava prestes a cair no sono apareceu uma moça que, em suas mãos levava uma bola de onde saía uma:
  • Olhe o que tenho aqui Pedro. - O que é isso? pergunotu curioso? - É a linha da sua vida, retrucou a mulher. -Não toque nela e o tempo passará normalmente, mas se desejar que o tempo passe mais rápido, basta puxar a linha um pouco para baixo. Certifique-se de que que a linha, uma vez puxada, não mais voltará para dentro da bola e, se aceitar meu presente, não conte para ninguém senão morrerás, você a quer?
    Pedro tirou-lhe da mão sem nem pensar duas vezes, era exatamente o que procurava, era do tamanho de uma bola de tênis e havia apenas um pequeno furo por onde saía uma linha dourada. No dia sguinte, na escola, ele não estava com paciência de ouvir a professora falar, lembrou de sua bola e fez a primeira experiência. Funcionou! A aula terminara rapidamente e, em poucos minutos já estava em casa. Pedro ficou maravilhado. Pensou, porém, que se desse um puxão mais forte o ano letivo estaria encerrado, poderia se casar e arrumar uma profissão, e foi o que aconteceu! Agora ele era um exímio carpinteiro, subia em andaimes, consertava casas, construía portas, janelas, brinquedos de madeira, tudo. Adorava sua nova vida. Quando o pagamento demorava, bastava a linha puxar.
    Casou-se com uma garota da escola. Na cerimônia, percebeu que o cabelo de sua mãe ficava grisalho, e refletiu sobre a rapidez com que puxava a linha, queria parar com esse hábito e deixar as coisas correrem, mas logo sua esposa ficou grávida, veio um filho, e todas as vezes que a criança ficava doente, Pedro usava sua bola mágica para que o menino se curasse. Nesse período recebeu uma carta em que deveria se alistar. No início adorou a vida de soldado, mas com o passar do tempo ficou chato, e bastou puxar a linha novamente para que não mais precisasse cumprir suas obrigações no quartel.
    Logo após instalou-se no país um governo militar em que tudo era proibido, e qualquer coisa era motivo para prender os cidadãos. Foi o que aconteceu com Pedro, condenado a três anos, mas como nunca se separava de sua bola, puxou a linha e não ficou uma semana sequer na cadeia. A vida para ele não tinha percalços, ou sofrimentos. A linha agora, passava da cor dourada para prateada, seu cabelo esbranquiçara, seu rosto tinha rugas, sua esposa dera mais dois filhos, e Pedro já perdia a paciência com a criançada. Desejou, pois, que os filhos já estivessem formados e, num longo puxão da linha, seus filhos já não mais estavam com ele. Cada qual trabalhava em diferentes cantos do país. Viu-se sem os filhos. Apenas com a esposa, agora. Ficava velho e suas costas doíam-lhe, já não exercia a profissão com afinco, e pensou em se aposentar, ao que foi só fazer uso da linha. Certa vez, em sua casa sem nada pra fazer, resolveu passear pela floresta, as árvores já não eram mais arbustos. Chegou num banco e pôs-se a sentar, e caiu num sono leve, quando foi despertado por uma voz que seu nome chamava: -Pedro, Pedro, ao abrir os olhos viu uma mulher que encontrara há alguns anos, aparentava a mesma idade, exatamente igual – E então como foi sua nova vida? Gostou? -Não estou bem certo, o tempo passou rápido e, pra falar verdade, não aconteceu nada na minha vida que eu pudesse classificar como excitante. Puxar a linha só vai antecipar minha morte, acho que sua bola não me trouxe tanta sorte.
  • Bem, posso conceder-lhe um último desejo se preferir. -Pois, então, eu gostaria de tornar a viver minha vida como se fosse a primeira vez, assim poderei experimentar coisas ruins da mesma forma que as boas, e então a duração do tempo será mais natural -Assim seja, disse a mulher, -Devolva-me a bola. Quando Pedro acordou estava na cama, e sua jovem mãe disse: -Acorde Pedro. Vá para escola! Dali em diante seu plano era abandonar a ansiedade.
    O tempo não é algo que pode voltar para trás, portanto plante seu jardim e decore sua alma, invés de esperar que alguém lhe traga flores” autor desconhecido.

15 de jun. de 2012

Um amor de leão




Era uma vez na antiga Roma um escravo que, cansado de tantos maus-tratos fugiu. Ele andou, andou e, por fim encontrou abrigo numa caverna em em meio às montanhas. Sem rumo, a ideia era chegar em algum lugar um tanto civilizado, de modo que, à luz da lua, sob as estrelas dormiu na caverna, de modo que acordou assustado com um rugido de um grande leão.
O escravo ficou apavorado, já que estava encurralado dentro da caverna, e o leão rugia cada vez mais, porém, como demorou a atacá-lo, o escravo logo percebeu que ele sentia dor porqeu havia um espinho em sua pata. Sim, porque bichos caçam à noite e o leão já havia tido seu lauto banquete àquela hora da manhã. Dizem que se um ser humano passar a mão na boca de um leão que acabou de comer, o animal não fará nada. (não vou pagar pra ver!).
De maneira que o espinho o encomodava muito. O escravo logo percebeu o sofrimento alheio e, de um forte puxão, o espinho saiu. O animal ficou muito feliz e aliviado, encostou a cabeça no pobre moço, como se dissesse 'obrigado'. Lambeu o homem de alegria. Algumas horas depois o escravo foi encontrado e, naquela época em Roma, escravos traiçoeiros eram jogados na arena junto com feras famintas largados à propria sorte. E assim foi feito. Quando o escravo entrou no recinto, o público se manifestou em forma de urros e gritos - o que parecia mais a final a copa do mundo, ou o último dia da temporada da fórmula 1.
O escravo estava super assustado e sabia que morreria. Um leão foi solto, pois. Corria e corria na direção do rapaz e, de um salto bem logo, atacou o sujeito, mas mesmo com fome, o bicho jamais comeria aquele que lhe ajudou na caverna. Sim, invés de uma corriqueira luta entre homens e feras, o que se viu foram abraços leoninos (o que, aliás, eu não quero experimentar!).
O público, ao ver tudo aquilo, não compreendia. Os dois estavam muito felizes em plena arena, e era a primeira vez que um homem não saía morto de lá. De modo que o escravo se manifestou para todos ouvirem: - Eu sou um ser-humano como todos vocês, porém, sendo escravo, nunca ninguém buscou minha amizade. Esse leão não vê cara e sim corção! Na caverna fizemos uma bela amizade, ele cuidou de mim, me protegeu do frio, do calor, me levou onde havia água, fiz fogueiras em noites frias, ele me trazia comida, eu o ajudei e, também, por vezes, o protegi de caçadores quando pude e, agora, é a primeira vez que sinto o que é ter um irmão.
Diante de tais comoções o Rei estava prestes a lhe conceder a escolha de continuar a ser um escravo e viver entre humanos; ou seguir em liberdade e viver como bicho. Convictamente o moço quis a liberdade. O povo clamou para que o leão também não mais fizesse parte desses eventos sanguinolentos e, aos dois, foi concedido um presente: viver juntos por muitos anos.

Um verdadeiro amigo é alguém que pega a sua mão e toca o seu coração.” - Gabriel García Márquez – escritor colombianao (1927 – ).

8 de jun. de 2012

Meu feriado de Corpus Christi



Meu feriado de Corpus Christi

Loga na quarta feira eu havia marcado hora no salão de cabeleireiro, a fim de comparecer na quinta – feriado último. Era o único dia que eu podia, já que teria folga e ainda bem que o salão abriria. Aproveitei!
Geralmente, onde moro existe muito barulho pela manhã: caminhões barulhentos, vizinho que conserta o apartamento, motos que arrancam na avenida, calçadas que estão em reforma, prédios que estão construindo - além dos barulhos das crianças que brincam de correr pela casa toda, logo às sete da manhã. Mas naquela quinta de feriado nada disso aconteeu, e eu pude dormir de fato! Até às 10h30!
Minha esposa, como de costuume, já estava de pé e as crianças arrumadas, pois a familia toda iria passear no feriado. Estávamos sem pressa e chegamos à cabeleireira às 12h30, meia hora atrasado. Enquanto as crianças se encantavam com o gato de estimação, minha esposa conversava com a dona do salão sobre maquiagens e afins, ao memso tempo que repicava meus fios.
Saímos de lá e fomos a um restaurante de comidas rápidas, conforme a Luciana havia prometido para as crianças. Eu não gosto, ela não gosta, e as crianças também não serão fãs de junkfoods espalhadas por aí, mas o fatao é que o restaurante disponobilizava brinqueodos filme Madagascar 3 – e prefiro acreditar que esse foi o motivo de estarmos lá, já que acomida é horrível.
Então rumamos para um restaurate mexicano – o feriado de CorpusCrhisti estava chuvoso e frio e, emplena hora do almoço, nós fomos os primeiros clientes. O lugar é enfeitado com motivos fantasmagóricos e, logo na entrada, um grande esqueleto com chapéu mexicano sentado numa cadeira nos dá boas-vindas. Pedro Henrique ficou com um pouco de medo, mas eu falei que aquele fantasma-esqueleto era amigo. Enfim, minutos depois as crianças estavam a correr entre mesas e cadeiras e falavam 'oi' para os outros clientes - e até para os garçons.
Daí fomos para casa. Assim que chegamos minha esposa saiu com a Lara a fim de fazer compras no mercado. Escovei os dentes do Pedro e do Lorenzo, arrumei a cama, deite-me junto a eles e ligueia tv num canal de desenhos. Quando minha esposa chegou, eles foram correndo para ver mãe. Nisso eu zapeei os canais e uma noticia ruim não parava de pipocar – aliás notícia ruim em TV é sinônimo de pleonasmo. Reportagens diziam que a mulher de um grande empresário o havia matado com um tiro e esquartejado, além de espalhar peças do corpo do marido morto entre as matas de uma cidade do interior. Brutal! A mulher certamente é desprovida do mínimo de inteligência, já que, além de ficar sem o dinheiro do marido, ainda foi presa, e talvez perca a guarda da filha. Uma pessoa dessas que fica viva, faz hora extra no planeta – infelizmente! Na cadeia talvez não sobreviva por muito!
Depois de alguns minutos dei uma cochilada, à noite naveguei na internet e fui dormir quase três da manhã.
No dia seguinte, sexta-feira, levei minha esposa ao trabalho às 9h; entrei no meus serviço às 14h. e a vida continuou.


É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.” - Coelho Neto (1864 - 1934) escritor e cronista brasileiro.


1 de jun. de 2012

O homem que nunca se irritava.



Um grupo combinou de sair. Eram cinco. O destino: um restaurate. Entre eles, Bruno, que se sobressaía por uma característica difícil de encontrar nas pessoas que habitam a cidade grande: ele era tão calmo quanto um rio que não necessita ser empurrado. Na escola tal virtude - se assim podemos dizer - lhe rendera vários apelidos, como “Charlie Brown”, “devagar-quase-parando”, “Mister Magoo” entre outros mais que surgia com a moda da época.
E tal qual um rio que sempre vai pra frente, Bruno tinha objetivos claros de nunca parar na vida; não era preguiçoso; gostava de fazer muitas coisas e apreciava os momentos que a vida fornecia. Ele sabia da dificuldade em encontrar qualidade de vida numa cidade agitada, em que o sobrenome das pessoas levava a alcunha de “estresse”.
Então, no restaurante os amigos combinaram de irritá-lo. A garçonete sabia de tudo. Sentados envolto à uma mesa redonda, quando chegou o primeiro prato que, aliás, era uma sopa bem gostosa, Bruno ficou sem ela. A garçonete, no entanto, não o serviu. Os quatro amigos já estavam a saboreá-la quando Bruno chamou a garçonete.
-Moça, por favor. -Pois sim, cavalheiro, o que deseja? E, então, ele falou com toda a calma de espírito. -Desculpe-me, mas acho que a senhora esqueceu de trazer meu prato. -Ah, sim! desculpe-me, vou pegá-lo.
Os amigos na mesa não falavam nada, só observavam. Eles já haviam terminado a sopa, de modo que Bruno tornou a chamá-la. -Moça, acho que a senhora deve ter esquecido da minha sopa, tavez seja o imenso trabalho aqui no restaurante. -Sim senhor, desculpe senhor, já vou verificar. Nisso, a garçonete percebe que os amigos já haviam terminado e ofereceu mais um prato. -Com licença rapazes, vocês vão querer mais sopa? Todos concordaram. Quando ela trouxe a iguaria à mesa, esqueceu-se novamente de Bruno. Os amigos continuavam calados. Bruno estava com fome. Novamente chamou a garçonete.
-Moça, meus amigos estão no segundo prato e, a mim, nem ao menos foi servido o primeiro. Ao que ela retruca. -Senhor, me desculpe, mas eu já trouxe seu prato. -Não, a senhroa não me trouxe nada ainda! -Trouxe sim, senhor. O senhor comeu e talvez não lembre. -Como poderia não lembrar-me de tão cheirosa sopa senhora? -Pois, francamente, o senhor já tomou sim. Nisso os colegas presentes torciam para que ele se irritasse, já que a discussão caminhava para isso, porém, com toda sua sabedoria de espírito e instrução cultural, disse à funcionária do estabelecimento:
-Senhora, muito obrigado por ter trazido minha sopa. E, sinceramente, eu nuca experimentara tão deliciosa iguaria, de maneira que o restaurante se empenhou tanto em me sevir um prato tão gostoso que seria dificil recusá-lo. A senhora, por favor poderia me servir novamente?
Ao que assim foi feito e, mais uma vez, os amigos não conseguiram sacaneá-lo.

O segredo da vida é aproveitar cada calmaria, cada pequeno momento – autor desconhecido