1 de jun. de 2012

O homem que nunca se irritava.



Um grupo combinou de sair. Eram cinco. O destino: um restaurate. Entre eles, Bruno, que se sobressaía por uma característica difícil de encontrar nas pessoas que habitam a cidade grande: ele era tão calmo quanto um rio que não necessita ser empurrado. Na escola tal virtude - se assim podemos dizer - lhe rendera vários apelidos, como “Charlie Brown”, “devagar-quase-parando”, “Mister Magoo” entre outros mais que surgia com a moda da época.
E tal qual um rio que sempre vai pra frente, Bruno tinha objetivos claros de nunca parar na vida; não era preguiçoso; gostava de fazer muitas coisas e apreciava os momentos que a vida fornecia. Ele sabia da dificuldade em encontrar qualidade de vida numa cidade agitada, em que o sobrenome das pessoas levava a alcunha de “estresse”.
Então, no restaurante os amigos combinaram de irritá-lo. A garçonete sabia de tudo. Sentados envolto à uma mesa redonda, quando chegou o primeiro prato que, aliás, era uma sopa bem gostosa, Bruno ficou sem ela. A garçonete, no entanto, não o serviu. Os quatro amigos já estavam a saboreá-la quando Bruno chamou a garçonete.
-Moça, por favor. -Pois sim, cavalheiro, o que deseja? E, então, ele falou com toda a calma de espírito. -Desculpe-me, mas acho que a senhora esqueceu de trazer meu prato. -Ah, sim! desculpe-me, vou pegá-lo.
Os amigos na mesa não falavam nada, só observavam. Eles já haviam terminado a sopa, de modo que Bruno tornou a chamá-la. -Moça, acho que a senhora deve ter esquecido da minha sopa, tavez seja o imenso trabalho aqui no restaurante. -Sim senhor, desculpe senhor, já vou verificar. Nisso, a garçonete percebe que os amigos já haviam terminado e ofereceu mais um prato. -Com licença rapazes, vocês vão querer mais sopa? Todos concordaram. Quando ela trouxe a iguaria à mesa, esqueceu-se novamente de Bruno. Os amigos continuavam calados. Bruno estava com fome. Novamente chamou a garçonete.
-Moça, meus amigos estão no segundo prato e, a mim, nem ao menos foi servido o primeiro. Ao que ela retruca. -Senhor, me desculpe, mas eu já trouxe seu prato. -Não, a senhroa não me trouxe nada ainda! -Trouxe sim, senhor. O senhor comeu e talvez não lembre. -Como poderia não lembrar-me de tão cheirosa sopa senhora? -Pois, francamente, o senhor já tomou sim. Nisso os colegas presentes torciam para que ele se irritasse, já que a discussão caminhava para isso, porém, com toda sua sabedoria de espírito e instrução cultural, disse à funcionária do estabelecimento:
-Senhora, muito obrigado por ter trazido minha sopa. E, sinceramente, eu nuca experimentara tão deliciosa iguaria, de maneira que o restaurante se empenhou tanto em me sevir um prato tão gostoso que seria dificil recusá-lo. A senhora, por favor poderia me servir novamente?
Ao que assim foi feito e, mais uma vez, os amigos não conseguiram sacaneá-lo.

O segredo da vida é aproveitar cada calmaria, cada pequeno momento – autor desconhecido

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