12 de ago. de 2011

Observação de um pai.


Observação de um pai.

Esses dias vi numa revista, uma mãe de quatro filhos. O pai, logicamente, trabalha o dia todo, e não poderia ser diferente. Eu, com três filhos, já me acho maluco, esse pai, então com quatro, duvido que planejou isso. Nehuma mãe planeja, por exemplo, 'ficar atrás' de filhos a vida inteira, cansada, preocupada, estressada, e ainda corre o risco de ser 'dominada' por eles. Nessas circunstâncias o plano dos pais são prorrogados para um longo espaço de tempo. E a educação nesses termos, às vezes, é esquecida em razão da pressa.
Seria muito interessante, por exemplo, levar os filhos num lar de idoso para ensiná-los a respeitar os mais velhos. Seria de grande valia 'visitar' a Etiopia a fim de mostrar o valor que eles devem dar à comida, em invés de falar: 'eca, mãe, não quero comer isso”. Visitar uma favela com esgoto à ceu aberto, e dizer para o filho que as pessoa ali usam aquela água, assism, quem sabe, não gastariam tanto tempo no banho, por exemplo. Mas não dá para fazer isso. A mãe tem que cozinhar, levar a prole na escola, fazer compras, arrumar a casa e nunca parar de organizar o lar, porque é sempre uma bagunça.
Eu, por exemplo, não sou um exemplo de paciêcia quando o assunto é 'ter paciência' com crianças, porque se eu tiver que colocá-los na linha, vai ser do meu jeito, então adoto a filosofia dos macaquinhos: não vejo, não ouço, não falo. Pois se eu tiver que me intrometer, aí a coisa vai ser séria. Se eu tivesse que por de castigo, seria todos os dias. Se tivesse que dar uns tapas no bumbum seria sempre... a frase 'pára de chorar' seria a mais pronounciada de todo meu vocábulo, de modo que, como são as mãe que ficam mais tempo com os filhos, cedem, portanto, à vontade deles - e, ao meu ver, isso é totlamente compreensível – só quem tem filho sabe o significado da palavra 'ceder', e o valor dos termos 'ok filho, pode ir'; 'tá bom... pode fazer'. Pais de filhos pequenos sabem a verdadeira força que a simples palvra 'sim' tem.
Mas é preciso dizer não, né? E é exatamente esse equilíbrio que torna mais desafiadora a educação de crianças. Às vezes, a criança faz birra na hora de comer, e o negócio é não dar atenção à manha, e, caso se recuse mesmo a comer, tirar o prato, de modo que, com fome, é capaz de se alimentar. Filhos aprendem muito quando observam o comportamento dos pais, portanto é bom não reagir a um chilique com outro chilique, já que sinais de descontrole por parte dos pais farão a criança sentir-se tão poderosa quanto o capitão américa – o negócio é falar firme em tom normal e mostrar que ela não conseguirá nada desse jeito - assim se acalmará. Na hora de dormir, por exemplo, confesso que não sou o melhor contador de histórias, não porque não sei contar, ou me falta repertório, tenho a capacidade de criar contos sobre girafas fazendo amizade com leões, por exmeplo, mas fato é que não uso essa prática, de maneira que eles dormem na frente da TV – sempre. Rituais que precedam o sono à parte, fato é que meus filhos dormem bem, no mesmo horário.
As mães que colocam interesses e vontades dos filhos sempre acima dos seus, sofrem consequências por serem vítimas disso, de modo que não se criará uma criança perfeita, e, às vezes, o excesso de incentivo pode causar efeito colateral desastroso, como se tornar 'dominada' pela prole, é assim que se produz pequenos tiranos em casa. Algumas mães deixam emprego por causa de filhos e ficam extramente satisfeitas por isso, outras não. Os planos da vida acabam adiados e então as mães ficam com com expressões vazias enquanto cuidam de seus filhos nas praças e parques, por exemplo – parecem até que não querem passar o dia com os filhos. Não existe fórmula ideal para a maternidade.
Para o homem, tampouco, tem sido fácil. A mulher conquistou o mercado de trabalho, tornou-se financeiramente independente, acumulou responsablidade dentro e fora de casa. O que restou para o homem foi combrança, além de uma percepção difusa de seu real papel – mas isso se definirá com mais clareza nas próximas décadas.

Quando houver mais de uma explicação, a mais simples em geral é a certa”.Dan Brown, do livro Ponto de Impacto.

Um comentário:

  1. Como sua observação é pertinente. De fato verdadeira. Não sabemos como, mas as crianças se apoderam TANTO da maternidade e da paternidade que só quem é pai ou mãe pode saber o quanto é ruim e bom ao mesmo tempo! Mas vale a pena; deixo meu beijo aqui para voce meu filho Guilherme.

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