2 de dez. de 2011

É preciso amar o que faz



Era uma vez um arquiteto cujos projetos nunca eram aprovados. No curso técnico seus desenhos eram sempre rejeitados, suas notas não eram as melhores e os colegas o debochava. Nas atividades física não se sobressaia, não era íntimo das meninas, o pessoal o evitava e a única coisa que conseguia somar na sua vida eram críticas: -Isso aí? O que é isso aí? Ahahaha... esnobava alguém da escola ao ver um dos desenhos. -Olha lá o nerd desenhando sozinho no canto, deve estar uma beleza sua 'obra'... ahaha.
Eram todos os tipos de bullying possiveis, às vezes, até fisico, mas ele não tinha segurança em si suficiente para revidar. Entrou na faculadade, e seus desenhos continuaram ìmpares – a verdade é que suas ideias eram diferentes – criativas, diga-se de passagem. Não estagiou em nenhum lugar já que não foi aprovado para nehuma entrevista de trabalho. Faltou até mesmo na festa de formatua de conclusão do curso de arquitetura.
Suas criações seguiam uma linha própria, exclusiva, algo com sua marca registrada: era fora dos padrões conservadores. Porém, não conseguia convecer ninguém a acreditar em sua 'arte', só por causa de desculpas como: "O mercado não aceita esse tipo de coisa. obrigado!"
Se viu num momento em que era tudo ou nada, e foi ter com uma grande empresa do ramo da construção. O diretor da empresa era mestre em engenharia civil. Ao que chega o aspirante.
-Com licença, eu tenho esses projetos aqui. O que o Senhor acha? Quase chutou o coitado. Não saiu de lá cabisbaixo, pelo ocntrário, buscou maneiras de se inspirar cada vez mais, já que a insegurança de outrora não fazia mais parte da sua filosofia de vida. Era mais otimista espiritualmente. O tempo passou. Ganhava a vida fazendo sites para conhecidos e, à noite, tirava uma gorjeta extra em restaurantes – mas seu sonho ainda estava para acontecer, e foi quando o engenheiro civil, diretor daquela grande empresa ligou para ele:
-Você tem aqueles projetos ainda? -Tenho, sim Senhor. -Pois vai ter uma palestra na capital com pessoas de fora do país que querem aprovar algumas ideias semelhantes às suas. Você poderia comparecer?
A moda de mobílias residenciais estava no auge. Aquele moço - cujos sonhos não passavam de frustrações - nunca imaginou palestrar para mais de 400 pessoas. Apresentou seus projetos idealizadores, o que mudaria o papel global da arquitetura artística conceitual: camas suspensas; quartos com piscinas (além de diversos quartos temáticos); barcos com mobílias medievais; restaurantes sub-aquáticos; restaurantes dentro de caverna; restaurantes em árvores e até mesmo suspensos no ar; banheiros-livrarias e afins. Algumas coisas foram aprimoradas e suas ideias atravessaram fronteiras.
"Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso também viver um grande amor." - Wolfgang Amadeus Mozart. (1756 - 1791, Áustria)

Nenhum comentário:

Postar um comentário