17 de fev. de 2012

coragem, eu sei que você é capaz.





Essa é uma história que aconteceu no tempo da escravidão. Muitos negros tinham a vontade de fugir do regime ao qual seus “donos” lhes maltratavam. Muitos não faziam, pois seriam condenados, seja morte, seja `a chibatadas, ou qualquer que fosse a punição. Para evitar fugas, carrascos eram espalhados por todas as fazendas, como vigias.
Mas Escarlet era difrente. Dotada de uma força divina que somava fé à coragem, ela fugiu. Seus irmãos queriam acompanhá-la, mas disse-hes para ficar, pois seria uma empreitada longa, cansativa, e que exigia muito esforço, e o que Escarlet menos queria era que seus irmãos fossem encontrado sujeitos à condenações e castigos. Deixou-os com a promessa de um dia voltar e salvá-los, bem como todo o grupo de escravos.
O destino de Escarlet era um local onde ela sabia que existiam escravos, pois ela havia saido desse local e sido vendida para o lugar de onde havia fugido. Na fazenda de seu destino encontrava-se sua mãe e era lá para onde Escarlet rumava. Não havia muita estratégia em seu plano de fuga, de modo que o planejamento era improvisado a cada passa dado e descobriu que seria melhor andar à noite quando os capangas estariam dormindo, e descansar durante o dia. Enfrentava florestas; terrenos alagadiços; desertos secos; noites chuvosas; comia vegetais, insetos e com frequencia escalava montanhas para observar onde poderia rumar. Pro Norte de preferência, e, para isso, as estrelas eram suas fies menssageiras. A Estrela do Norte sempre havia de estar lá, e era assim que Escarlet salvaria sua mãe.
Depois de tanto caminhar, ela atravessou a linha que pertencia às fazendas escravocratas. Agora poderia ficar um pouco mais tranquila, pois já etsava fora da fronteira de seus 'donos', porém, ainda com muito cautela já que os brancos do vilarejo conseguiam reconhecer que havia alia uma fugitiva.
Escarlet, entre seus vinte e vinte cinco anos, já era bem experiente e sabia que, numa certa casa, vivia um negro que havia fugido e morava ali. Tocou à porta e, pela janela, veio um homem branco. Escarlet perguntou pelo rapaz e ouviu-se uma seca resposta: “Foi comprado”. Nesse momento já caia a noite e, junto a ela, também a chuva. Sem lugar onde ficar tentou se econder numa viela próximo ao depósito de lixo onde, ao menos, estaria abrigada da chuva e ninguém a descobriria. Sabia que o branco ranzinza a havia denunciado às autoridades feudais, e que estava sendo procurada, mas precisava encontrar sua mãe. Era madrugada quando a chuva pasou, ela continuou sua caminhada o que significaria atravessar uma longa ponte a fim de chegar numa ilha com altos capinzais. Era esse seu lugar de destino. A ilha pertencia aos donos dos escravos e, ali, Escarlet tinha que tomar muito cuidado.
O dia veio à luz. Escarlet fez sua cama nos capins. Vigias já sabiam da presença de uma negra ali, de modo que à noite conseguiu capturar sua mãe: -Filha existe um grupo de escravos que fugiram para o alto da montanha no pé do capoeirão, e estão dentro de uma capela, próximo à senzala.
E pra lá rumaram, ao chegar na capela os escravos estavam muito maltratados. Havia um cesto com bebês gêmeos que choravam sem fôlego. Demodo que necessitavam sair da capela urgentemente. Um homem já idoso que tinha posses de terra nos arredores e era mulato sabia do esconderijo do grupo, mas não sabia com certeza qual era o exato local e, próximo à capela bradou: -Existe uma carroça numa fazenda acerca do pé da serra, com um cavalo a lhe esperarem. Fujam!
Não era apenas uma carroça, mas uma carroça cheia de suprimentos alimentícios e caixas de primeiros socorros. Fugriam sem que o vilarejo nunca mais ouvissem deles falar. O único a quem Escarlet reencotrou foi o moço que lhe emprestara a carroça. Ela a devolveu juntamente com o cavalo, mas o o velho e bondoso homem recusou. O presente foi bem-vindo.
A história segue que Escarlet conseguiu recapturar seus irmãos e que os bebês gêmeos fizeram-se moça saudáveis.

"O sucesso e o amor preferem o corajoso." - Ovídio (43 a.C.17 d.C.), poeta romano.

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