26 de abr. de 2011

O coelho, o índio e o dentista




Em meio a selva, uma comunidade indígena comemorava, com rituais, a divulgação de sua cultura em toda região, de repente o cacique viu um coelho passar atrás de uma árvore. Continuaram a festa, dali a pouco viu mais um; e mais outro e, então, vários coelhos estavam em polvorosa a se movimentarem pra lá e pra e cá.
Eis que o Chefe pergunta a um deles: -Ei seu coelho, espere aí, porque tanta pressa? -É que eu preciso entregar esses ovos para as pessoas. -Ovos? mas eu achei que coelhos gostavam de cenouras... -faltam cinco dias para o domingo de páscoa e precisamos correr para entregar esses ovos de chocolate em todas as casas. -Sim, mas por que coelhos e não galinhas. -Porquê, nós coelhos, representamos a fertilidade. -Sim.. e o que isso tem a ver? quis saber o cacique. -Tem a ver que a páscoa é uma passagem que celebra a Ressureição de Cristo, ou seja, quando Ele nasceu de novo. -Mas não era mais fácil vocês entregarem cenouras, então? -Essa é uma questão que eu sempre quis saber, mas um dia meu avô me contou que o ovo seria melhor porque representa um ciclo de vida, assim como o nascer da luz do sol. -Mas o ovo vai embrulhado no papel, assim mesmo? -Pois é...há muitos anos eram ovos de verdade, alguns até sem nada dentro, e os povos antigos pintavam de colorido, e algumas pessoas até enfeitavam com ornamentos brilhantes, justamente para representar a alegria e a luz da vida. -Ahh... entendi por isso a razão do papel aí ser tão colorido e brilhante né?
Nisso, passa uma pessoa a cavalo perto deles, o cacique cumprimenta: -Oi seu Zé tudo bem? -Ôh cacique... e aí como vão as coisas? que festa é essa por aqui na tribo? E essa coelhada toda aí? -Pois é seu Zé, esse aqui é meu amigo coelho e estamos conversando. O cacique vira para o coelho e apresenta: -Seu coelho, esse aqui é meu amigo Zé... é conhecido aqui na redondeza, ele é o dentista da tribo, e é tropeiro também, vive viajando com seu cavalo -Pois é seu cacique, e por falar nisso, minha tropa que eu conduzia se perdeu porque estão foragidos, e eu estou indo para casa de um amigo, pois preciso me esconder. -Por quê? o que aconteceu? -Estamos numa batalha, pois queremos implantar a República, e por isso estamos sendo perseguidos, depois te dou mais detahes, até cacique, até coelho. Ao que o coelho emendou: -Por falar em dentista, de tanto comer cenoura os meus já estão amarelos. -Depois você fala com seu Zé... ele é muito bom, mas eu não entendi uma coisa, seu coelho: por que o chocolate, amigo? -Essa é uma ótima pergunta que eu também não sei direito, mas a bem da verdae é que choclate é bem melhor que ovo cozido, né? -Depois das risadas, o coelho pergunta: -E essa festa aqui na tribo seu cacique? o que é ? - É dia do Índio, seu coelho!
Dois dias depois, chegou à cavalo, um ser estranho na tribo: -Seu cacique? -Pois sim, sou eu... -Consta, para nós, que o Chefe dessa tribo era amigo de seu Zé, o dentista! Confirma? -Sim senhor, por quê? -Viemos dar a notícia de que ele está morto. -Nossa senhora... o que aconteceu? -Foi enforcado! -E por quê? -Por que ele queria implantar a repúblia. -Isso sei, mas só por causa disso? -Não senhor... também porque queria espalhar o poder, invés de deixar na mão de um só, criando universidades, por exemplo. Ele queria mudar a capital de nome; queria instituir presidentes de república, queria fazer eleições, queria acabar com o exército, e pior: queria acabar com os escravos aqui do Brasil... tenha um bom, dia Cacique. No que o rapaz ia embora, o cacique alertou: -Ei moço, só uma curiosidade: eu sempre chamei ele de Zé, nunca soube seu nome verdadeiro. Como ele chamava?
- Joaquim José da Silva Xavier.

“Quando a felicidade bate na porta, muitas pessoas estão no quintal procurando trevo de quatro folhas.” - autor desconhecido

Em meio a selva, uma comunidade indígena comemorava, com rituais, a divulgação de sua cultura em toda região, de repente o cacique viu um coelho passar atrás de uma árvore. Continuaram a festa, dali a pouco viu mais um; e mais outro e, então, vários coelhos estavam em polvorosa a se movimentarem pra lá e pra e cá.
Eis que o Chefe pergunta a um deles: -Ei seu coelho, espere aí, porque tanta pressa? -É que eu preciso entregar esses ovos para as pessoas. -Ovos? mas eu achei que coelhos gostavam de cenouras... -faltam cinco dias para o domingo de páscoa e precisamos correr para entregar esses ovos de chocolate em todas as casas. -Sim, mas por que coelhos e não galinhas. -Porquê, nós coelhos, representamos a fertilidade. -Sim.. e o que isso tem a ver? quis saber o cacique. -Tem a ver que a páscoa é uma passagem que celebra a Ressureição de Cristo, ou seja, quando Ele nasceu de novo. -Mas não era mais fácil vocês entregarem cenouras, então? -Essa é uma questão que eu sempre quis saber, mas um dia meu avô me contou que o ovo seria melhor porque representa um ciclo de vida, assim como o nascer da luz do sol. -Mas o ovo vai embrulhado no papel, assim mesmo? -Pois é...há muitos anos eram ovos de verdade, alguns até sem nada dentro, e os povos antigos pintavam de colorido, e algumas pessoas até enfeitavam com ornamentos brilhantes, justamente para representar a alegria e a luz da vida. -Ahh... entendi por isso a razão do papel aí ser tão colorido e brilhante né?
Nisso, passa uma pessoa a cavalo perto deles, o cacique cumprimenta: -Oi seu Zé tudo bem? -Ôh cacique... e aí como vão as coisas? que festa é essa por aqui na tribo? E essa coelhada toda aí? -Pois é seu Zé, esse aqui é meu amigo coelho e estamos conversando. O cacique vira para o coelho e apresenta: -Seu coelho, esse aqui é meu amigo Zé... é conhecido aqui na redondeza, ele é o dentista da tribo, e é tropeiro também, vive viajando com seu cavalo -Pois é seu cacique, e por falar nisso, minha tropa que eu conduzia se perdeu porque estão foragidos, e eu estou indo para casa de um amigo, pois preciso me esconder. -Por quê? o que aconteceu? -Estamos numa batalha, pois queremos implantar a República, e por isso estamos sendo perseguidos, depois te dou mais detahes, até cacique, até coelho. Ao que o coelho emendou: -Por falar em dentista, de tanto comer cenoura os meus já estão amarelos. -Depois você fala com seu Zé... ele é muito bom, mas eu não entendi uma coisa, seu coelho: por que o chocolate, amigo? -Essa é uma ótima pergunta que eu também não sei direito, mas a bem da verdae é que choclate é bem melhor que ovo cozido, né? -Depois das risadas, o coelho pergunta: -E essa festa aqui na tribo seu cacique? o que é ? - É dia do Índio, seu coelho!
Dois dias depois, chegou à cavalo, um ser estranho na tribo: -Seu cacique? -Pois sim, sou eu... -Consta, para nós, que o Chefe dessa tribo era amigo de seu Zé, o dentista! Confirma? -Sim senhor, por quê? -Viemos dar a notícia de que ele está morto. -Nossa senhora... o que aconteceu? -Foi enforcado! -E por quê? -Por que ele queria implantar a repúblia. -Isso sei, mas só por causa disso? -Não senhor... também porque queria espalhar o poder, invés de deixar na mão de um só, criando universidades, por exemplo. Ele queria mudar a capital de nome; queria instituir presidentes de república, queria fazer eleições, queria acabar com o exército, e pior: queria acabar com os escravos aqui do Brasil... tenha um bom, dia Cacique. No que o rapaz ia embora, o cacique alertou: -Ei moço, só uma curiosidade: eu sempre chamei ele de Zé, nunca soube seu nome verdadeiro. Como ele chamava?
- Joaquim José da Silva Xavier.

“Quando a felicidade bate na porta, muitas pessoas estão no quintal procurando trevo de quatro folhas.” - autor desconhecido

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