26 de jul. de 2013

O primeiro papa Latino-Americano




Dia onze de fevereiro Bento 16 anunciou que deixaria o cargo e, a treze de março é eleito Jorge Mario Bergoglio, Vossa Santidade, o Papa Francisco - um jesuíta cheio de carisma que conquistou milhões de fãs com sua simplicidade.
Aqui no Brasil o primeiro lugar de sua visita foi Aparecida do Norte, de modo que, às 4 horas da manhã já havia uma fila homérica à espera do Papa . Contrariando o frio, os fieis - e não fieis também - estavam animados para ver aquele que, há pouco, assumiu o cargo mais alto da igreja católica. As pessoas que esperavam pelo Papa estavam na fila há mais de um dia, de maneira que a educação cristã desapareceu, já que muitas pessoas furavam a fila, uma vez que não havia polciamento naquela madrugada. Se o papa visse pessoas a furar fila não celebraria nem na basílica.
Os primeiros da fila chegaram ao Santuário de Nossa Sra. Aparecida às seis horas da manhã com  malas, roupas e cobertores a tiracolo e ficaram a procurar por informações durante o dia todo. O Papa só entraria pelo portão às sete horas do dia seguinte, domingo. Tinha gente que oferecia dinheiro para furar fila, pessoa que ofereciam comida para furar, porém, muitos não se vendiam, apenas queria assistir a missa.
Dentro do templo metade das cadeiras estavam reservadas às autoridades, porém, esse, não ficaram na fila a esperar mais de um dia sem comer, sem beber, sem ir ao banheiro... pelo contrário, desciam de helicóptero. Quando o Papa entrou, a emoção tomou conta dos fieis e, com sorriso no rosto, os cumprimentavam, de modo que foi bastante ovacionado por todos, embora a estrutura e organização deixaram a desejar. Fora do templo: frio e garoa. Milhares de fãs ouviram a missa do lado de fora a portar guarda chuva nas mãos.

Rio de Janeiro
Na visita à favela carioca de Varginha o Papa Francisco afirmou que só haverá paz nas comunidades se houver justiça social, "não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que abandona à margem, parte de si mesma. Queria fazer um apelo para as pessoas de mais recurso e autoridades de boa vontade que não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário" e ainda brincou que gostaria de tomar café - e não cachaça - na casa de cada brasileiros.
Para a Jornada Mundial da Juventude o Pontífície chegou às 16h. de segunda feira e foi recebido pela presidente logo no aeroporto. E pra quê carro blindado se ele deixou a janela do carro aberta, a fim de saudar a população? Desfilou pelo centro do Rio a bordo do papa móvel, beijou uma criança (que, uma hora dessas, além de abençoada, deve estar famosa) e chegou à Catedral Metropolitana que estava pintada com as cores de seu país. Vossa Santidade se encontrou com milhares de argentinos, mas o local não comportou todos os cinco mil fieis, peregrinos, voluntários, sacerdotes, simpatizantes e hermanos em geral. Tal evento, que não estava na agenda da Jornada, durou trinta minutos. Após, o Papa foi para uma festa católica na praia de Copacabana
Ontem o Papa rezou missa, ouviu confissões, se encontrou com presidiários, orou, fez reunião e assistiu à encenação da Via Sacra. Se a fé move montanha não se sabe, porém, moveu - com frio e chuva - um milhão de cariocas adoradores de sol.

“Bote fé, bote esperança e bote amor”,  Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, (1936, Buenos Aires) durante homília.

19 de jul. de 2013

esse tal de facebook...



Aí eu acordo, vou para o computador, acesso meu e-mail e abro a primeira mensagem que é uma resposta de uma agência de viagens que me informa a respeito de como conseguir vistos e morar fora. Dicas boas até! Pulo pra próxima mensagem, e a coordenadora da escola me informa dos horários pós-férias. A terceira mensagem fala assim: "Guilherme: existem informações pendentes de seus amigos." Ignoro e pulo pra próxima que diz: "Fulano de tal também comentou um status em que vc foi marcado." Ignoro. "Sr. Omar aceitou seu pedido de amizade" ainda assim pulo pra próxima, já que não lembro do sujeito. "Maria do Carmo fez um comentário em seus post". A próxima mensagem em meu e-mail diz que minha esposa curtiu fotos que eu postei, mas como nem lembro das foto, então abro e, lá estão meus filhos que coloquei na rede.
Aí já viu né... uma vez dentro da rede social você vai, inevitavelmente, explorar tudo que se passa e surfa qualquer onda dentro daquele mar de fofocas. Existem coisas interessantes como: "Dia sete de setembro Brasil vai parar: 30 milhões de brasileiros nas ruas no país todo!".  Então começo a descer a barra de rolagem de meu computador e percebo postagens mais desinteressantes que outras: "hoje acordei." Acordou o que, meu? O pior são comentários "eu também...rsrsr", "acordou bem? saúde e sucesso". Tem alguns irônicos:: "nossa... é verdade? como vc ia conseguir escrever dormindo?"e por aí segue.
Mais abaixo existe um comentário de alguma adolescente do sexo feminino com a palavra: "quero", ao que os comentários são piores: "ahahaha...",  "eu também quero...",   " qué o q?",  " legal q vc quer, Ana... mas o que exatamente?",  "então vai querendo porque eu n te dou - ahahah", "fica querendo, então," Chego à conclusão que isso é um santo remédio para quem não tem nada a fazer - e olha que quase todo mundo tem "nada pra fazer", aliás, a gente arruma tempo pra tudo... até pra não fazer nada!
Aí alguém posta a foto do filho de dois anos babando doce de leite. O primeiro comentário é o maior clichê de todos: "Que lindo!" O segundo: "que fofo" O terceiro: "lindo...". O quarto: "fofo".. . É... a criatividade é uma coisa onerosa... dá preguiça tê-la! o vigésimo quinto comentário é o mais criativo: "como ele tá fofo Ká... parabéns". Aí tem alguém que curtiu um link de algum outro site intitulado: Os benefícios da homeopatia na menopausa do terceiro milênio" - quer dizer - quem vai ler isso?. O título é um convite para não ler, soma-se a isso o fato de que foi uma menina de dezenove anos que lincou, ou seja, o link não havia comentário algum.
Claro que as redes sociais, principalmente essa dai que é o titulo dessa coluna, existem para sanar a carência dos humanos. o Brasil é o segundo país em número de cadastros (63 milhões) atrás apenas do EUA (150 milhões). Diante dessa informação qualquer um pensaria: "vai ter gente carente e fofoqueira assim na China! Pois é... a China é o terceiro país onde mais se usa o portal - e olha que lá é bloqueado, hein.
"Essa foto está show!" alguém comenta sobre uma foto refletida no espelho, tirada com uma péssima resolução e desfocada! Os moleques fazem de tudo para agradar a menina que está a paquerar... vale até elogios em fotos que são horríveis. E então alguém te convida para jogar um troço que chama: Candy Crush Saga. É um joguinho no face em que você tem que formar colunas e linhas de docinhos. Quanto mais colunas ou linhas forem eliminadas, mais pontos você ganha. O negócio e um vício até você se cansar. Quanto mais fase você passar, mais estrada você vai ter para percorrer. Se a pessoa faz poucos pontos, ela para no início da estrada. Se o "amigo" desistiu de jogar com uma quantidade média de pontos, então para no meio da estrada. Tem aqueles viciados que concluem a estrada toda. O cara ficou quantas horas a jogar esse treco? Eu sou paciente para outras coisa , mas não para isso! Tanto que cheguei um pouco mais além da metade de meu caminho e não continuei mais, porém, me abre uma janela a me convidar para outro jogo, em que eu devo salvar animais de uma fazenda. A regra é parecida: quanto mais colunas ou linhas eu eliminar, mais animais serão salvos. Aí vem outro convite para jogar outra coisa e, então, dou início a uma nova saga, mas também não dura muito. Falei: "quer saber: tchau!"
Esse negócio de jogar no computador tira a vida da pessoa! Você esquece do mundo e, se tem algum compromisso mais sério, deve ser forte e abandonar seu jogo no meio da empreitada. Talvez seja por isso que eu nunca fui chegado em video games. Meu medo é justamente esse. Ficar na frente da Tv ou Pc e esquecer da vida. Por isso nem arrisco. Todos os amiguinhos do meu filho tem video-game na sala de aula, mas ela não, já que eu não fui criado com esse brinquedo.
Os patrocinadores do sitio são os piores: "siga essas dicas e perca dez quilos em três semana" ainda existem aquelas fotos do antes e depois: Na foto do "antes", a pessoa está tão magra que se bater um vento, ela voa - parece um filé de grilo! Na foto do "depois" parece que o Capitão América saiu da Máquina Incubadora - faz inveja até no Hulk!
Das informações que circulam na na rede, 80% são desconfiáveis. De toda a quantidade de sites que existentes na internet, 80% são proibidos para menores de dezoito anos. Conclusão: ou tem muita gente acreditando em mentiras, ou tem muita gente vendo coisa que não presta. (e o facebook é uma delas.)

5 de jul. de 2013

32 horas no hospital





Sábado último saí da casa sete e meia da manhã como faço sempre, a fim de ir pra escola lecionar. Estacionei o carro, desci, abri a porta do passageiro, abaixei-me para recolher alguns papeis e, nesse momento senti, de repente, um puxão forte nas costas, de modo que achei que era apenas um mal jeito. Bom, vai passar... pensei. Restavam dez minutos para as oito, respirei fundo e pensei: Vamos lá. Andava cambaleante, meio manco, já que a dor era forte. Entrei na sala de aula, havia alguns professores e, já enjoado, quis saber: -quando a gente tem uma forte dor nas costas, vocês sabem o que é? -Apendicite arriscou um deles. -Pedras nos rins, falou outro. Alguém indagou: Nossa! você está branco... o que está acontecendo? Nisso, a coordenadora entra e faz uma pergunta, cuja a resposta, para mim, era muito óbvia: Você está se sentindo bem?
Um aluno meu perguntou se eu estava bem e respondi que podia ser pedra nos rins. -Vixi! Eu já tive isso e rolava no chão de dor.... -E quando a gente tem isso, a dor não passa? -Não! demora pra passar. Outro professor assumiu minhas aulas. A gerente me perguntou se eu voltaria pra casa dirigindo ou iria com o SAMU. Não obrigado! falei do alto da minha fortaleza, -Não precisa chamar o samu. Pode deixar que eu volto dirigindo, afirmei sem ter conhecimento que a dor estava a me derrubar. Uma das secretárias veio junto, porém, ao chegar no carro, antes mesmo de girar a chave, falei: Não dá! chama o Samu.
Enquanto a ambulância não vinha, eu suava frio e a febre era intensa. Lembrarei desse momento como os minutos que mais demoraram para passar em todos os meus trinta e quatro anos de vida. Não sei como aguentei meia hora de espera: era o que me restava, pois! Entrei na viatura já no soro, colheram meu sangue e fui dar no Benficencia Portuguesa às 9h30 da manhã.
Ao descer da viatura, logo sentei numa cadeira de rodas, me colocaram deitado numa antesala e fiquei lá. Ao meu lado havia um senhor, já de idade, que não parava de tossir e mal falava. Mais tarde, entrou uma outra senhora muito doente que fazia cara de dor. São nessas horas que pensamos que, se não tivermos uma vida regrada à hábitos saudáveis, o nosso destino estará fadado a depender dos outros, e acabar numa cama de hospital, com certa frequência.
Aliás, não importa se você tem hábitos saudáveis; toma muita água; se exercita; tem saúde de ferro; se alimenta; não bebe; não fuma, quando se tem predisposição genética, a safada da pedra vai se deslocar do seu rim - uma hora ou outra. Às 13h30 dei entrada na internação e, como estava tomando muito remédio na veia, fiquei com bastante sono, mas não conseguia dormir porque as enfermeiras entravam direto no quarto: buscopan, tamiflu, tramal, novalgina, a dor não cessava e eu não tinha apetite. No domingo, às 15h, fui transferido para o Mário Covas. Ainda brinquei com o médico: Me libera até umas cinco, porque quero ver o jogo (final Brasil x Espanha).
Fiz um exame de tomografia, cujo resultado sai nesta quarta. Tive alta às 17h30. Até o exato momento em que escrevia essas linhas, o incômodo nos rins ainda era presente - convivo com uma dorzinha, mas não é intensa - o problema é se eu tiver cólica, aí corre pro hospital novamente. E olha que já tentei de tudo: chá de quebra-pedra, buscopan, quatro litros de água por dia. A vida segue!

"Tudo que é seu, encontrará uma maneira de chegar até você" - Chico Xavier (1910  - 2002, Minas Gerais), médium.



28 de jun. de 2013

cronica da inocência


Crônicas da inocência

Não importa se você é rico, gordo, feio, pobre, bonito, - a criança não enxerga essas coisas. Independentemente de sexo, religião, cor, classe social - a criança ama incondicionalmente. Se você briga com ela por causa que ela fez da panela uma bateria, alguns minutos depois, portanto, ela estará ao seu lado a solicitar-lhe atenção. Se você esbraveja só porque a criança rabiscou um documento importantíssimo que você esqueceu sobre o criado-mudo; algumas horas após ela estará com a cabeça encostada no seu ombro a pedir-lhe carinho.
Quando tornamos adultos, por vezes, ouvimos sugestões do tipo: 'não seja ingênuo!' - como se isso fosse a pior coisa do mundo. Absolutamente! Minha avó, por exemplo, morreu com oitenta anos sendo ingênua, viveu muito bem, e isso nunca foi uma desvantagem: minha mãe é ótima pessoa, assim como meus tios - a educação não foi influenciada pela ingenuidade de minha vó.
E então o filho chega em casa a reclamar que o coleguinha da sala o empurrou, e o pai diz: 'Não seja bobo, filho, vá la e revide'. Pra quê? Pra gerar violência? Talvez o mais correto a fazer é ignorá-lo de modo a não mais falar com esse "coleguinha". Ok, a vida tem suas vantagens e desvantagens em fazer-nos aprender que, alguns momentos, não podemos ser tão ingênuos, mas a pureza do ser-humano tem muito de nossa consciência. Se você achar uma carteira com cem reais e o RG, você entrega ao dono?... é a sua consciência que manda!
A criança não faz por mal, não mede controle... às vezes solta um palavrão porque ouviu alguém falar, mas cabe aos pais advertir. Já diziam grandes filósofos da época Antes de Cristo: A retórica é o melhor remédio. Ou seja, quem não se comunica se estrumbica (sic). Até um ano de idade Pedro Henrique, 6, meu filho, viveu único. Daí, vieram os gêmeos, o que reduziu em 33,33% a atenção voltada para o primogênito, de maneira que causou-lhe insegurança. Soma-se a isso o fato de termos tirado a chupeta do Pedro precocemente. Resultado: chupa dedo até hoje
Passei-lhe um sermão: "Pedro, a vida não é tão fácil como parece. Ninguém vai passar a mão na sua cabeça pelo resto da vida, e você  nem vai ficar chupando esse dedo pra sempre. Esteja certo que a vida vai te dar porrada, mas não importa o quanto ela vai te bater, importa o quanto você aguenta apanhar. O que importa é resistir. Manter-se vivo,então: Força!! Enfie nessa sua cabeça que você consegue e repita: 'eu não vou chupar mais o dedo, eu vou conseguir eu vou conseguir.'" E nunca. nunca deixe os outros falar que você não pode, porque você PODE!
Após alguns segundos repetiu: "eu vou conseguir, eu vou conseguir" Funcionou! às vezes uma conversa basta, ele está no caminho a fim de atingir tal objetivo.
"Primeiro a chuva, depois o arco-íris. Acostume-se com essa ideia" autor desconhecido.

21 de jun. de 2013

Sorte!



É um significado esquisito, é distante do mundo real, inexiste, é abstrata e não acontece da noite para o dia; de modo que não é porque está escrito ‘boa sorte’ no rodapé da prova bimestral que você terá um ‘dez’! Se não estudou, não há votos de boa sorte que faça você ser o primeiro da classe. Soa-me como uma palavra jogada ao vento: Boa sorte, alguém fala quando sabe que você vai fazer uma entrevista, ou estrear uma peça. Ok, é uma maneira positiva de motivar as pessoas, e não é nenhuma equação difícil saber que conhecimento + oportunidade é =  a sorte, se compreendermos que deve-se ter o conhecimento necessário para que se tenha sorte.
Neymar tem sorte de fazer gols? Pô, o cara é o melhor jogador do Brasil - faz coisa com a bola que ninguém faz, porque treinou anos a fio pra isso - ele nasceu para jogar bola e teve sorte? Shumacker tem sorte de ganhar seis vezes o campeonato mundial? O piloto alemão tem competência e muita garra - isso chama-se preparação!
Quando passei uma temporada em Nevada – EUA, onde a jogatina é legal, em todos os cassinos havia cartazes com os rostos das pessoas que faturaram boladas milionárias nos caça-níqueis, depois, eu soube que aquilo não passava de propaganda para incentivar os azarados mais desavisados que correm o risco de, certamente, perder seus quinhões, como eu, por exemplo. Se cassino servisse para distribuir dinheiro, o mesmo não teria tanta grana! Ou seja, você até pode ganhar algumas dezenas de dólares, mas nada que trará prejuízo ao cassino avarento. As pessoas com sorrisos de ponta-a-ponta - cujas fotos estão espalhadas nos cassinos - realmente ganharam grana, mas pode ter certeza que foi bem menos que a metade do que deixaram lá suas vidas inteiras - já que são viciados!
Tampouco se nasce com a sorte. Do ponto de vista da compreensão integral desse fenômeno, quando vem à luz uma criança, a mãe fala: que menino de sorte, bonito e saudável (até vizinhos falam isso pra encher a bola!). E enche mesmo, pois a criança só não vai ter sorte na vida, como ainda vai ser bonito e saudável, de modo que, numa visão holística, isso não tem a ver com conceitos físicos e, sim, psicológicos. Por mais que a criança seja feia, ela se sentirá bonita por dentro e isso será aflorado através de sua própria energia, pois cresceu ouvindo elogios. Cresceu ouvindo que tem sorte? Vai ter! Cresceu ouvindo ouvindo que é saudável? Vai ser: o que se planta no desenvolvimento infantil trará frutos na vida adulta!
Aquilo que anda contigo, faz parte de você, quiçá, conseguirá até achar dinheiro na rua, pois, subconscientemente, o significado daquela palavra ficou inserida em sua cabeça, e foi direcionada para todas as ações que você fez, faz e fará - o que culmina em sucesso, dando o nome a isso de sorte - talvez, ao nascer, a mãe achou que a criança tivesse sorte porque veio com os olhos claros, por exemplo – não importa - quando você ouve o que gosta, essa energia é captada. ‘Sorte’ não passa de um termo incentivador.
Aí eu fui jogar na mega-sena acumulada. Vi que os três últimos números batiam com o que eu tinha em mãos. Moça, olha, acertei esses números. Como o bilhete tem código de barra, ela escaneou e disse: Veja aí no visor desse aparelhinho o quanto você ganhou. - Oito reais, só?, indaguei... no verso do bilhete diz que quem acerta a centena leva sessenta reais... – Não posso fazer nada, se a máquina fala oito reais, então é esse o valor. Saí de lá a ponto de desconfiar que a maquininha precisava de manutenção urgente. Sorte? Bah! Prefiro acreditar que a mola propulsora que me motiva a ganhar dinheiro honesto, corresponde a cada gota do suor de meu trabalho, a que pensar que um dia eu possa obter dinheiro com jogos! Os sessenta reais foram divididos em várias pessoas que também acertaram a centena – por isso recebi pouco. Talvez eu seja cético demais para acreditar que vou ganhar na loteria por pura sorte, ou qualquer coisa que valha.

“Você não pode esperar ser um cão sortudo, se passa todo seu tempo rosnando” autor 

6 de jun. de 2013

A cara do Brasil



Segue abaixo comentário de um aluno que nasceu na França e rodou boa parte do mundo. Atualmente, George está no Brasil.
-Aqui no Brasil, tem três vocábulos para a mesma palavras: mandioca, aipim e macaxeira. Lá  na França nem existe mandioca. -Aqui no Brasil, não se pode tocar a comida com as mãos. Nos fast-foods, hambúrgueres se come dentro de um guardanapo. Toda mesa de bar, restaurante ou lanchonete tem guardanapos e palitos. Até no açougue a carne é embalada, tudo higiênico. -Aqui no Brasil, os casais, dentro dos restaurantes sentam um do lado do outro como se estivessem no banco traseiro de um carro!
-Aqui no Brasil, não tem o conceito de refeição com entrada, prato principal, queijo, e sobremesa separados. Em geral se faz um prato com tudo: verdura, carne, queijo, arroz e feijão. Aqui no Brasil, todo mundo gosta de pipoca e de cachorro quente, não entendo! Aqui no Brasil pode-se pedir a metade da pizza de um sabor e a metade de outro, ideia simples e genial! Há muita comida aqui: desperdiça-se demais. -Aqui no Brasil, se produz o melhor café do mundo e em grandes quantidades. Uma pena que, em geral, se prepare muito mal e cheio de açúcar. 
-Aqui no Brasil, não falta espaço. Falam que o país tem dimensões continentais. E é verdade, daria para caber a humanidade inteira no Brasil. Mas então se tiver tanto espaço, por que é que as garagens dos prédios são tão estreitas? E por que não tem ciclovias? E por que nas calçadas os pedestres não conseguem passar direito? -Poucos são os brasileiros que conhecem artistas argentinos ou colombianos. O Brasil, às vezes, parece uma ilha gigante na América latina, embora tenha uma fronteira com quase todos os outros países do continente. Praias bonitas não faltam, mas eles insistem em ir para Europa e conhecem mais lugares do que eu. Não poupam: Gastam suas moedas com viagens! Sequer conhecem a Amériaca do Sul. -Aqui no Brasil, os chineses são japoneses.
-Aqui no Brasil, parece que a profissão onde as pessoas são mais felizes é coletor de lixo. Eles estão sempre empolgados, correndo atrás do caminhão como se fosse um trio elétrico do carnaval. Eles também são atletas: têm energia para correr, jogar as sacolas, gritar, e ainda falar com as mulheres passando na rua. -Aqui no Brasil, no táxi nunca se paga o que está escrito.
 -Aqui, a vida anda devagar. É normal estar preso no trânsito o dia todo e ficar 10 minutos na fila do supermercado, nem que tenha apenas uma pessoa na sua frente. Demora para passar a compra e, muitas vezes, a pessoa do caixa tem que digitar os códigos de barra na mão. Às vezes ela pede ajuda para outro funcionário. Mas, na hora de retirar o cartão é rápido: “pode retirar, senhora!”. -Aqui no Brasil, não se assuste se for convidado para uma festa de aniversário de dois anos de uma criança. Vai ter mais adultos do que crianças, e mais cerveja do que suco de laranja. Também não se assuste se parece mais com a coroação de um imperador romano do que com o aniversário de dois anos. É ‘normal’. 
-Aqui no Brasil, sinais exterior de riqueza são muito comuns: carros importados, restaurantes caríssimos em bairros chiques, clubes seletivos cujas cotas atingem valores estratosféricas -Aqui tudo se organiza em fila: fila para pagar, fila para pedir, fila para entrar, fila para sair e fila para esperar a próxima fila. E duas pessoas já bastam para constituir uma fila. -Aqui no Brasil, o ano começa “depois do Carnaval”. 

"Aprendi que eu não vou contentar todo mundo. Apenas estar em paz comigo mesmo, já é o suficiente" - autor desconhecido (fonte: site de videos).

31 de mai. de 2013

Brasil visto por outros olhos


Tenho um aluno que nasceu na Holanda, mora na França, conhece boa parte da Europa, já viveu no Japão, e agora trabalha no Brasil. Segue abaixo algumas coisas interessantes sobre a nossa cultura vista por outros olhos.
-Aqui no Brasil, relacionamentos são codificados e cada etapa tem um rótulo: peguete, ficante, namorada, noiva, esposa, ex-mulher, rolo, galho. -Aqui no Brasil, tem um jeito estranho de falar coisas muito comuns. Por exemplo, quando encontrar uma pessoa, pode falar “bom dia”, mas também se fala “e aí?”. E aí o que? Parece uma frase abortada, que não há continuação. Às vezes eles respondem: “imagina”. Imagina o que? -Aqui no Brasil é comum conhecer alguém, bater um papo e falar: “a gente se vê, vamos combinar, tá?”, e nem trocar telefone. -Aqui no Brasil, a palavra “aparecer” em geral significa, “não aparecer”. Exemplo: “Vou aparecer mais tarde” significa na prática “não vou, não”. -Aqui no Brasil, marcar um encontro às 20h significa às 21h ou depois. Principalmente se tiver muitas pessoas envolvidas. Quando encontra-se com uma pessoa, se fala: “Beleza?” e a resposta pode ser “Jóia”. Traduzindo numa outra língua, parece que faz pouco sentido, ou parece um diálogo entre o Dalai-Lama e seu discípulo. Por exemplo, em inglês: “The beauty?" –"The joy!”. Como se fosse um duelo filosófico de conceitos abstratos.
-Aqui no Brasil, a torneira sempre pinga. -Aqui, os homens se abraçam muito. Mas não é só um abraço: se abraça, se toca os ombros, a barriga ou as costas. Mas nunca se beija. -Aqui no Brasil, o polegar erguido é sinal pra tudo: “Tá bom?”, “obrigado”, “desculpa”. -Aqui, quando você tem algo pra falar, é bom avisar que vai falar antes de falar. Assim, se ouve muito: “vou te falar uma coisa”, “deixa te falar uma coisa”, “é o seguinte...”, e até o meu preferido: “olha só pra você ver”. -Aqui no Brasil, as pessoas saem da casa dos pais quando casam. Assim, tem bastante pessoas de 30 anos ou mais morando com os pais porque ainda não casaram! -Aqui, os homens não sabem fazer nada das tarefas do dia a dia: não sabem faxinar, nem usar uma máquina de lavar. Não sabem cozinhar, nem a nível de sobrevivência: fazer arroz ou massa. Não podem concertar um botão de camisa. Nem pneu de carro trocam. Gasolina é alguém que põe por você no posto!
-Aqui no Brasil, se acha todo tipo de nomes, e muitos nomes americanos abrasileirados: Gilson, Rickson, Denilson, Maicon, etc. -Aqui, os homens se vestem mal, ou seja, não ligam. Parece que a beleza exterior não importa! Sapatos para correr se usa no dia a dia, sair de short, chinelo e camiseta é comum. Eles saem de roupas de esportes sem a intenção de praticar esporte. -Aqui no Brasil, a música faz parte da vida. Qualquer lugar tem música ao vivo. Muitos brasileiros sabem tocar violão um pouco. Existem músicos talentosos, mas eles nem tocam as próprias músicas. Bares estão cheios de bandas de cover. -Aqui no Brasil, quando um filme passa na televisão, não passa uma vez só. Se perder pode ficar tranquilo que vai passar mais umas dez outras vezes nos próximos dias. Assim já vi “Hitch, conselheiro amoroso” umas quatro vezes sem querer assistir nenhuma. E novela é mais importante do que cinema. Mas o cinema nacional aqui é bem legal!
-Aqui no Brasil, futebol é quase religião. Esporte aqui é: ou academia ou futebol. O clima é muito bom. Tem bastante sol, todas as condições estão reunidas para poder curtir atividades fora. Porém, aos domingos, se quiser encontrar uma alma viva no meio da tarde, tem que ir pro shopping. As ruas estão às moscas, mas os shopping estão lotados. Shopping é a coisa mais sem graça do Brasil.
-Aqui no Brasil, o povo é muito receptivo. É natural acolher alguém novo no seu grupo de amigos. Isso faz a maior diferencia do mundo. Obrigado brasileiros!

"Gaste um pouco mais de tempo sendo quem você é. E um pouco menos de tempo tentando impressionar os outros." autor desconhecido