6 de mai. de 2011

O Duque e a duqesa / Rumo à canonização / Guerra declarada.


O Duque e a duqesa / Rumo à canonização / Guerra declarada.

Um dos eventos mais repercutidos da história aconteceu na Inglaterra. O sucessor ao trono, Príncipe William, casou-se com a plebéia Kate Middleton. O casamento realizou-se a 29 de abril de 2011, na Abadia de Westminster, em Londres. O evento foi assistido por 2,5 bilhões de pessoas ao redor do mundo, um recorde. Kate usou um vestido feito por Sarah Burton, sucessora de Alexander McQueen e uma tiara Cartier da Rainha Elizabeth II. O casamento reuniu 1.900 pessoas convidados. Ela saiu do hotel cinco estrelas que estava hospedada às 6h51min, transportada na mesma carruagem de cristal que levou Diana ao seu casamento, em 1981. O evento foi considerado feriado nacional no Reino Unido, e mobilizou 5000 agentes policiais por toda a cidade de Londres. Milhares de pessoas vindas do mundo inteiro armaram suas barracas uma semana antes para poder assistir de perto o grande casamento. Com todas as dignidades e honrarias, agora eles são os Duque e a Duqesa de Cambridge.
O clima de casamento reforça o mês de maio, considerado o mês das noivas.

Primeiro de maio; dia do trabalhador, aniversário de morte de Airton Senna, e aniversário do meu irmão; foi beatificado o Sumo Pontíficie Papa Jão Paulo II (18 de maio de 1920 2 de abrilde 2005). Seu caixão foi elevado ao altar, no Vaticano, e quem o declarou beato foi o Papa vigente Bento XVI.
Assim como Madre Teresa de Calcutá e Padre José de Anchieta ser beato significa ser um católico exemplar, em todos os sentidos, durante toda a vida. Karol Wojtyla (primeiro Papa não itlaiano da história) é reconhecido pelo trabalho que desenvolveu ao peregrinar por mais de cem países, ao beijar o solo de cada um deles e ao dialogar com as mais altas autoridades. Sua mensagem pastoral foi atentamente ouvida por representantes de governo, reis, presidentes e primeiros-ministros. João Paulo II, em 1980, foi atingido por três projéteis e não morreu. Não bastasse, foi até a cadeia onde estava seu atirador e o perdoou pessoalmente. Perdoar já é ter muita coragem, mas não morrer, com um tiro na mão, no cotovelo e no estômago é um milagre. Rumo à canonização, vai virar santo.

Três mil mortos nas torres gêmeas. Financiado pelos EUA, lutou contra tropas da União Soviétiva e Afeganistão nos anos 80 – o que levou à criação de um organização fundamentalista islâmica, vulgo Al-Qaeda. Nasceu em 1957, casou com 17 anos, teve 23 filhos e 5 esposas. Muitos acham que sua morte é fato, já que Barack Obama jamais colocaria sua face em rede nacional para mentir. O presidente dos EUA participou, quinta-feira última de uma homengem às vitimas do 11 de setembro; distribuiu medalhas para ex- combatentes da Coreia; promoveu um evento (corida de bicicletas) para os soldados que se feriram na guerra do Afeganistão; mas as fotos, no mínimo, fortes não serão propagadas, segundo decisão da Casa Branca, porém, guardá-las é uma cautela que afronta a lei-da-gravidade da internet, e até mesmo o homem mais poderosos dos EUA não conseguirá revogar essa lei – cuidado: o wikleaks - que publica posts de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas - está de olho. O corpo foi encontrado com dois números de telefones e quinhentos euros – sinal que Bin Laden fugiria dali logo. Ele não vivia feliz, sempre tentava despistar a população e era um nômade, as autoridades levaram seu corpo, documentos e computadores, para investigação.
E para não restar dúvida de que tal morte foi uma intensa felicidade para o povo americano; o soldado que abateu Bin Laden; será condecorado em uma solenidade secreta, e ninguém saberá quem o matou. Mas o ex-homem mais forte da Al-Qaeda tem muitos seguidores, e talvez a terceira guerra mundial esteja declarada – será que o mundo acaba mesmo em 2012? A conferir!

"Nem sempre a guerra é inevitável. Ela sempre é uma derrota para a humanidade." (Papa João Paulo II)




26 de abr. de 2011

A história de Fernando ou retratos de uma sociedade real.




Fernando morava na cidade grande, ele tinha dez anos, mas já era bem esperto. O pai e ele vieram do Piauí, pois perderam suas terras, mas a mãe ficou com as duas outras crianças na casa de uma conhecida. Na sede da busca por melhores condições de vida, deram em São Paulo, e o pai conseguiu emprego de operador de empilhadeira. O menino Fernando era esforçado na escola, muito embora, às vezes, faltasse material ou uniforme, pois o Estado atrasava as entregas.
Era, então, o ano de 1970, e seu pai foi chamado para fazer parte do corpo de funcionários das empresas responsáveis pela construção da Rodovia Transamazônica, no trecho que compreende os estados do Pará e Amazonas. O filho foi junto. Fernando parou com os estudos e, enquanto o trabalho do pai seguia, o menino ficava encantado com os aviões monomotores que, sobre sua cabeça, voavam. Moravam num descampado, numa área conhecida como Terra do Meio, era bem conservada até. Havia os afluentes por perto e algumas trilhas que se estendia mata adentro - esse era o passatempo predileto de Fernando: curtir a natureza.
Os dias passaram e ele fazia amizades com o pessoal que ali estavam. Americanos e europeus desciam com seus aviões particulares naquela terra de ninguém. Fernando acompanhava cada turista gringo, tal como um guia - sua simpatia logo foi seduzida pela atenção dos estrangeiros. Então Fernando mandava cartas para a sua professora em São Paulo: -Tia, aqui na região amazônica é tudo muito bonito, vejo pássaro, cobras e até aviões.
Os gringos estavam interessados em fazer pesquisas indígenas, outros em saber porque aquela região é o pulmão do mundo. -Tia, já estou aprendendo a falar inglês. Cientistas franceses, autoridades em conservação socioambiental, vinham colher referências desse grande bioma. "Tia, já falo até francês e eles me dão uma monte de coisas: cobertor, tênis, bola..."
Por sua esperteza e inteligência as pessoa de fora olhavam Fernando como uma grande promessa para a contribuição científica mundial, o que consideravam um enorme desperdício deixar um menino como ele naquela anarquia de lugar. -Tia, eles falam que querem me levar para o país deles. A empreiteira demitiu todos funcionários, a Transamazônica no trecho do Pára segue inacabada. o Pai dele tornou-se garimpador de madeira ilegal, o que lhe rendia o suficiente para seu sustento de morador da comunidade local - que, aliás, fazia rixa com poderosos grupos econômicos nacionais e, como pistoleiro, o pai de Fernando brigava até com índios
O garoto parou de enviar carta para a professora. Hoje ele mora nos Estados Unidos, não tem muito contato com o pai, mas um dia lhe mandou uma carta: -Pai estou muito feliz aqui e gostaria que você viesse junto, estou noivo, e quero te ver no meu casamento. Eu compro uma casa pra você, pois sou coordenador de um lugar chamado Nasa.
Certa feita os índios invadiram uma área de um grileiro, esse, por sua vez convocou alguns pistoleiros para matar o índios, o pai de Fernando estava no meio, e foi atingido por uma flecha. A carta nunca foi respondia.

É fácil ser diferente, difícil é ser melhor! - Jonathan Ive


O coelho, o índio e o dentista




Em meio a selva, uma comunidade indígena comemorava, com rituais, a divulgação de sua cultura em toda região, de repente o cacique viu um coelho passar atrás de uma árvore. Continuaram a festa, dali a pouco viu mais um; e mais outro e, então, vários coelhos estavam em polvorosa a se movimentarem pra lá e pra e cá.
Eis que o Chefe pergunta a um deles: -Ei seu coelho, espere aí, porque tanta pressa? -É que eu preciso entregar esses ovos para as pessoas. -Ovos? mas eu achei que coelhos gostavam de cenouras... -faltam cinco dias para o domingo de páscoa e precisamos correr para entregar esses ovos de chocolate em todas as casas. -Sim, mas por que coelhos e não galinhas. -Porquê, nós coelhos, representamos a fertilidade. -Sim.. e o que isso tem a ver? quis saber o cacique. -Tem a ver que a páscoa é uma passagem que celebra a Ressureição de Cristo, ou seja, quando Ele nasceu de novo. -Mas não era mais fácil vocês entregarem cenouras, então? -Essa é uma questão que eu sempre quis saber, mas um dia meu avô me contou que o ovo seria melhor porque representa um ciclo de vida, assim como o nascer da luz do sol. -Mas o ovo vai embrulhado no papel, assim mesmo? -Pois é...há muitos anos eram ovos de verdade, alguns até sem nada dentro, e os povos antigos pintavam de colorido, e algumas pessoas até enfeitavam com ornamentos brilhantes, justamente para representar a alegria e a luz da vida. -Ahh... entendi por isso a razão do papel aí ser tão colorido e brilhante né?
Nisso, passa uma pessoa a cavalo perto deles, o cacique cumprimenta: -Oi seu Zé tudo bem? -Ôh cacique... e aí como vão as coisas? que festa é essa por aqui na tribo? E essa coelhada toda aí? -Pois é seu Zé, esse aqui é meu amigo coelho e estamos conversando. O cacique vira para o coelho e apresenta: -Seu coelho, esse aqui é meu amigo Zé... é conhecido aqui na redondeza, ele é o dentista da tribo, e é tropeiro também, vive viajando com seu cavalo -Pois é seu cacique, e por falar nisso, minha tropa que eu conduzia se perdeu porque estão foragidos, e eu estou indo para casa de um amigo, pois preciso me esconder. -Por quê? o que aconteceu? -Estamos numa batalha, pois queremos implantar a República, e por isso estamos sendo perseguidos, depois te dou mais detahes, até cacique, até coelho. Ao que o coelho emendou: -Por falar em dentista, de tanto comer cenoura os meus já estão amarelos. -Depois você fala com seu Zé... ele é muito bom, mas eu não entendi uma coisa, seu coelho: por que o chocolate, amigo? -Essa é uma ótima pergunta que eu também não sei direito, mas a bem da verdae é que choclate é bem melhor que ovo cozido, né? -Depois das risadas, o coelho pergunta: -E essa festa aqui na tribo seu cacique? o que é ? - É dia do Índio, seu coelho!
Dois dias depois, chegou à cavalo, um ser estranho na tribo: -Seu cacique? -Pois sim, sou eu... -Consta, para nós, que o Chefe dessa tribo era amigo de seu Zé, o dentista! Confirma? -Sim senhor, por quê? -Viemos dar a notícia de que ele está morto. -Nossa senhora... o que aconteceu? -Foi enforcado! -E por quê? -Por que ele queria implantar a repúblia. -Isso sei, mas só por causa disso? -Não senhor... também porque queria espalhar o poder, invés de deixar na mão de um só, criando universidades, por exemplo. Ele queria mudar a capital de nome; queria instituir presidentes de república, queria fazer eleições, queria acabar com o exército, e pior: queria acabar com os escravos aqui do Brasil... tenha um bom, dia Cacique. No que o rapaz ia embora, o cacique alertou: -Ei moço, só uma curiosidade: eu sempre chamei ele de Zé, nunca soube seu nome verdadeiro. Como ele chamava?
- Joaquim José da Silva Xavier.

“Quando a felicidade bate na porta, muitas pessoas estão no quintal procurando trevo de quatro folhas.” - autor desconhecido

Em meio a selva, uma comunidade indígena comemorava, com rituais, a divulgação de sua cultura em toda região, de repente o cacique viu um coelho passar atrás de uma árvore. Continuaram a festa, dali a pouco viu mais um; e mais outro e, então, vários coelhos estavam em polvorosa a se movimentarem pra lá e pra e cá.
Eis que o Chefe pergunta a um deles: -Ei seu coelho, espere aí, porque tanta pressa? -É que eu preciso entregar esses ovos para as pessoas. -Ovos? mas eu achei que coelhos gostavam de cenouras... -faltam cinco dias para o domingo de páscoa e precisamos correr para entregar esses ovos de chocolate em todas as casas. -Sim, mas por que coelhos e não galinhas. -Porquê, nós coelhos, representamos a fertilidade. -Sim.. e o que isso tem a ver? quis saber o cacique. -Tem a ver que a páscoa é uma passagem que celebra a Ressureição de Cristo, ou seja, quando Ele nasceu de novo. -Mas não era mais fácil vocês entregarem cenouras, então? -Essa é uma questão que eu sempre quis saber, mas um dia meu avô me contou que o ovo seria melhor porque representa um ciclo de vida, assim como o nascer da luz do sol. -Mas o ovo vai embrulhado no papel, assim mesmo? -Pois é...há muitos anos eram ovos de verdade, alguns até sem nada dentro, e os povos antigos pintavam de colorido, e algumas pessoas até enfeitavam com ornamentos brilhantes, justamente para representar a alegria e a luz da vida. -Ahh... entendi por isso a razão do papel aí ser tão colorido e brilhante né?
Nisso, passa uma pessoa a cavalo perto deles, o cacique cumprimenta: -Oi seu Zé tudo bem? -Ôh cacique... e aí como vão as coisas? que festa é essa por aqui na tribo? E essa coelhada toda aí? -Pois é seu Zé, esse aqui é meu amigo coelho e estamos conversando. O cacique vira para o coelho e apresenta: -Seu coelho, esse aqui é meu amigo Zé... é conhecido aqui na redondeza, ele é o dentista da tribo, e é tropeiro também, vive viajando com seu cavalo -Pois é seu cacique, e por falar nisso, minha tropa que eu conduzia se perdeu porque estão foragidos, e eu estou indo para casa de um amigo, pois preciso me esconder. -Por quê? o que aconteceu? -Estamos numa batalha, pois queremos implantar a República, e por isso estamos sendo perseguidos, depois te dou mais detahes, até cacique, até coelho. Ao que o coelho emendou: -Por falar em dentista, de tanto comer cenoura os meus já estão amarelos. -Depois você fala com seu Zé... ele é muito bom, mas eu não entendi uma coisa, seu coelho: por que o chocolate, amigo? -Essa é uma ótima pergunta que eu também não sei direito, mas a bem da verdae é que choclate é bem melhor que ovo cozido, né? -Depois das risadas, o coelho pergunta: -E essa festa aqui na tribo seu cacique? o que é ? - É dia do Índio, seu coelho!
Dois dias depois, chegou à cavalo, um ser estranho na tribo: -Seu cacique? -Pois sim, sou eu... -Consta, para nós, que o Chefe dessa tribo era amigo de seu Zé, o dentista! Confirma? -Sim senhor, por quê? -Viemos dar a notícia de que ele está morto. -Nossa senhora... o que aconteceu? -Foi enforcado! -E por quê? -Por que ele queria implantar a repúblia. -Isso sei, mas só por causa disso? -Não senhor... também porque queria espalhar o poder, invés de deixar na mão de um só, criando universidades, por exemplo. Ele queria mudar a capital de nome; queria instituir presidentes de república, queria fazer eleições, queria acabar com o exército, e pior: queria acabar com os escravos aqui do Brasil... tenha um bom, dia Cacique. No que o rapaz ia embora, o cacique alertou: -Ei moço, só uma curiosidade: eu sempre chamei ele de Zé, nunca soube seu nome verdadeiro. Como ele chamava?
- Joaquim José da Silva Xavier.

“Quando a felicidade bate na porta, muitas pessoas estão no quintal procurando trevo de quatro folhas.” - autor desconhecido

25 de abr. de 2011


As sete tranças de sansão.

Ontem, no clube, às oito da manhã, após nossa brincadeira frequente de bola - que acontece toda sexta - perguntei a um amigo: - Você está indo na academia de manhã, agora? –Pois é... Chego aqui no clube cedo por causa do trânsito, eu moro no Pacaembu. Achei que eu não tinha escutado direito: - Você mora onde?? –Pacaembu. –Nossa!! E vem de lá até aqui todos os dias? –É que trabalho no quarto cartório, aqui em Santo André. –Mas por que mora tão longe? –É que eu casei, e como minha esposa é de lá, fui com ela. -Você casou com aquela que vinha aqui na academia, também? –Não! Aquela é outra. Ela terminou o namoro comigo depois de sete anos. Um outro rapaz que ouvia a conversa não acreditou: - Desculpe, mas quanto tempo ficou com ela, mesmo?!! -Sete anos, acredita? e depois conheci uma pessoa com quem casei após 10 meses de namoro.
Sete cores do arco-íris, sete anões, sete são os dias da semana, sete colinas de Roma, sete são os mares, sete maravilhas do mundo, sete rainhas na história foram chamada de Cleópatra, sete são as notas musicais, e também é o número da nota mínima para aprovação nos instituto acadêmicos. A lista é grande, mas o maior sinal cabalístico que pode ter com o número sete é que no ciclo genital da mulher, a ovulação ocorre no 14.º dia (2 x7); a implantação do óvulo na cavidade interna é no 21.º dia (3x7); o ciclo menstrual é de 28 dias (4x7), e a gravidez se completa em 280 dias (40 x 7).
E a crise num relacionamento começa aos sete anos, o que pode culminar no término da relação – foi o que aconteceu com o colega acima. Tem gente que acredita que é o número perfeito, tem gente que acha que é o número da preferência divina: islâmicos consideram sete os céus e sete as portas do inferno; Buda passou 49 (7x7) dias de meditação em baixo de uma árvore; sete pedras de cores diferentes eram guardadas no leito de um filho egípcio. Sete são as glórias da Virgem, os Sacramentos e os pecados mortais, além das sete ordens Eclesiásticas.
Entre tapas e beijos, minha relação perdura por poucos cinco anos (incluindo um de namoro). Fiz umas contas que, para falar a verdade, são objetivos que eu devo atingir daqui dois anos, e será justamente o tempo em que estarei estabilizado financeiramente com casa própria, todos meus filhos em escolas privadas, um carro grande a fim de comportar cinco pessoas e... bem... a casa na praia já é um sonho pra daqui uns sete anos. Simplicidade, temperância, generosidade, presteza, caridade, paciência e humildade: sete são as Virtudes – e costumo dizer que tenho todas, além da saúde de minha família, claro.
Aí, eu penso: Pô, em sete anos estaremos uma maravilha, então. E é justamente essa motivação que me dá ânimo para continuar numa relação saudável. –Sete anos de relação desgasta. Não por causa de brigas, mas pela frieza mesmo, ainda acrescentou meu colega. Bom, para evitar que a relação esfrie, a sugestão é levar a namorada para um jantar exótico; presenteá-la com um buquê de rosas-azuis; fazer umas loucuras diferentes; viagens que, sequer, realizaram-se – isso mantém a temperatura da relação – não foi o que meu colega fez. –É... mas foi ela quem terminou comigo! –Cuidado, hein, a mulher quando termina, é porque tem outro... brinquei.
Tenho uma ótima receita para não enjoar da minha esposa, já que ouço que dormir ao lado da mesma mulher é sacal. É fácil: durmo na sala. Tem um colchão lá também. Que fique claro que eu não durmo na sala porque minha relação está fria ou desgastada, e sim porque a quantidade de filhos é, relativamente, proporcional à quantidade de vezes que um deles deseja dormir na cama da mãe – e já que eu tenho três, isso acontece toda noite, então permito-os dormir num espaço maior, com a vantagem de estarem ao lado da mãe. Existem brigas, é verdade, mas não devo isso aos sete anos de azar do espelho quebrado de casa – sem superstições.
Mas para qualquer revés na relação, é interessante 'perdoar a pessoa setenta vezes sete', como escreveu Mateus, e, então, lembrarmos que devemos ser fortes como as sete tranças de sansão.

Quando pedimos um conselho, normalmente estamos buscando um cúmplice – Marques de la Grange.




'pelada' fim de tarde: pérola do atlântico.

Um dia vou para Nova York

Se existe algo unânime entre todos os seres humanos, o hábito de viajar pontua os primeiros lugares da lista de paixões das pessoas. Independentemente de sexo idade, religião, poder aquisitivo, sempre haverá um lugar para passear, comprar, descansar, e se entreter ao modo que lhe convém. Pessoalmente, prefiro lugares exóticos à que modernos, porém, uma cidade que, imagino, me identificaria bastante é “the city that never sleeps”, e não posso deixar de, pelo menos uma vez na minha vida, passar uns bons quinze dias em Nova Yorque.
Mas enquanto isso não acontece, resolvemos, então, visitar um local diferente. Filhos, esposa e eu fomos a um parque aquático, e era uma coisa que eu nunca antes vira: uma lagoa coberta com marolas. Havia crianças a brincar; idosos que se banhavam; pessoas que se divertiam. Era uma verdadeira represa, tinha tanta água que havia inúmeros tampões, a fim de bloquear a passagem da mesma para que não escorresse cidade afora, já que o parque ficava nas proximidades urbanas da região, bem como um açude. Diziam que ali havia quase um milhão de metro cúbico de água – muita coisa! Entorno havia orlas para passear, bancos para sentar, restaurantes, bares, sorveterias, enfim, um centro de consumo diverso: um ponto turístico ímpar.
As marolas vinham de pouco em pouco, mas começaram a crescer. Eu estava num banco sentado, de modo que meus três filhos compreendiam o ângulo de minha visão. Minha esposa tinha ido buscar um sorvete de bola.
Sem saber de onde, nem como, eis que, repentinamente, surge uma grande onda. Imaginem uma tão imensa a ponto do monstro do lago Ness ser levado por ela. Ninguém ali naquele lugar tinha tempo pra nada e quando dei por conta, a coisa estava sobre minha cabeça, segurei firme no banco e existem momentos na vida que a gente tem cem por cento de certeza das coisas, e ali me convenci que nenhum cristão sobreviveria. Fazer o que? Sempre digo que se algo tiver que acontecer, que seja comigo; se tiverem que sequestrar meus filhos, me levem. Se tiver que me atirar na frente de uma bala para salvar a vida deles, não tem problema. Coloco a família em primeiro plano, mas estou sempre um passo à frente, a fim de protegê-los. Mas ali não tinha jeito. A tsunami arrastou tudo!
Quando eu estava debaixo d`água e não tinha mais fôlego, a corrente me puxou ainda mais para baixo, porém, me levou a uma vala que parecia um bolsão de ar. Fiquei preso ali, e pensava na família. O maremoto só acabou porque os tampões que seguravam a água foram derrotados pela força da natureza: inundou a cidade e, no lugar do lago bonito, ficara um vale gigante e seco – a água escoou toda. Olhei de cima e vi muitas pessoas ao chão. Desesperei-me em busca da família. Perguntava a todos se haviam visto crianças, mas estavam aterrorizados, uma das pessoas, me disse com infeliz realidade que a chance de alguém ter sobrevivido ali era impossível. “Quer dizer então que você está me dizendo que meus filhos morreram? O cara estava em choque e nem respondeu. Horas depois, o resgate aparece e, em minha direção, uma moça trazia uma maca de dois andares, tal como um beliche com rodinhas um tanto menor. Na parte de baixo, meu filho Lorenzo. Na parte de cima, meu outro filho Pedro Henrique - os dois intactos como pedra. Minutos após, Lorenzo começou a se mexer, peguei-o no colo, mas o Pedro nem sinal e tentei reanimá-lo, de modo que demorou a abrir os olhos, quando me viu ficou feliz – minha emoção aflorou.
Faltava minha outra filha Lara e minha esposa Luciana, eu já estava desesperado e assustado, não sabia o que fazer e fiquei no local sem me mover, de repente aparece uma criancinha pequenina correndo na minha direção com os braços abertos e, copiosa, chorava: -Papai, papai... Impossível descrever meus sentimentos aqui. A Luciana vinha logo atrás, muito abalada e olhos marejados. Não sei como eles sobreviveram, mas fato é que eu também estava ali.
Muito mais além do desejo de reencontrar a família, era o desejo de que nada aquilo tivesse acontecido; muito mais além do fato de saber que eles estavam saudáveis, o que eu mais queria era que tudo aquilo pudesse ser um sonho...
...Mas um dia vou pra outro lugar. Nova York, quem sabe!

Não se prende a natureza, pois quando se libertar revoltará em fúria. – autor desconhecido.


família unida jamais será vencida...



Barriga de aluguel


Uma mulher queria engravidar. Mas ela havia removido o útero. Não bastasse, tinha princípios de síndrome do pânico, e era hipocondríaca. Sempre arrumava, todavia, desculpas para não sair de casa. De repente, houve a notícia de que ela engravidou.
O boca-boca corria na vizinhança tal qual um maratonista jamaicano, contudo, as poucas pessoas que sabiam do caso, não faziam fofoca do fato, mas ficaram confusos.
Como assim está grávida, ela não tirou o útero?” – comentavam. Muitos nem nunca tinham visto a moça, tão enclausurada ela era. E quando ia para a faculdade, o motorista levava. O marido, empresário, pagava tudo! O casal era bem de vida.
O moço não se sentia desconfortável com as síndromes da esposa, já que ela não era do tipo que argumentava questões como onde você vai? com quem? por que? quando? e que horas volta? - essa perguntas são naturais de todas as mulheres que são casadas com maridos que trabalham e ficam fora o dia todo.
Mas com ela era diferente - nem ligava para isso, talvez porque grana nunca lhe faltava, de modo que o marido até viajava e voltava três ou quatro dias depois, e a moça tinha motivos para estar feliz: grávida - o que sempre quis.
Porém, um belo dia, antes de a esposa engravidar, o marido - um cara organizado, que planejava tudo - foi ter com Maria, uma mulher viúva, conhecida da familia, cujo único filho era casado e morava em outro estado. Maria teve esse filho co dezesseis anos, indesejavelmente. O ex marido de Maria era viciado e moreu de overdose.
Maria ouviu o empresário atentamente: “Olha, Maria te dou esse dinheiro aqui, você quer?” E mostrou uma pequena valise cheia: Quero, o que devo fazer?“Minha mulher não tem útero e queremos um filho”.
Três dias depois Maria liga para o rapaz: “Topo!”.
A vizinhança, de então, jamais soube.
A árvore não nega sua sombra nem ao lenhador.Provérbio Hindu



filha: lara